Em 2021, o Maranhão foi o Estado com maior número de casos novos hanseníase em menores de 15 anos no Brasil, com 126 casos registrados. Em segundo lugar no ranking vem o Estado do Pará (82 casos) e Mato Grosso (74). No Brasil, do total de casos novos diagnosticados, 625 (4,1%) se deram em menores de 15 anos.
Os dados são do Boletim Epidemiológico da Hanseníase do Brasil, divulgado pelo Ministério da Saúde em janeiro de 2022.
Ainda segundo o boletim, o Maranhão foi o segundo em novos caso da doença, de 2016 a 2020, ficando atrás apenas de Mato Grosso. Além disso, o Estado é o 3º em taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase por 100 mil habitantes, de 2010 a 2021.
Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, apesar de o Maranhão ainda estar entre os Estados com mais diagnósticos de Hanseníase no Brasil, o número de casos da doença diminuíram no Estado nos últimos três anos, sendo que:
em 2019, foram confirmados 3.078 casos da doença
em 2020, o número de casos caiu para 1.869 ocorrências
em 2021, foram notificados 1.824 casos
Ainda de acordo com a SES, a Secretaria tem “trabalhado ao longo dos anos no combate e redução da carga da doença. Para isso, mantém o apoio e capacitação aos profissionais de saúde dos 217 municípios maranhenses, a fim também de combater a discriminação do paciente acometido por hanseníase, bem como investe na ampliação da rede de rastreamento e tratamento da doença”.
Ao todo, em 2021, o Brasil notificou 15.155 novos diagnósticos na população geral e 625 em jovens de até 15 anos. E, no Janeiro Roxo, mês escolhido para informar a população e desmistificar a doença, o Ministério da Saúde apresentou, na última terça-feira (25), uma série de ações, entre elas a inclusão de novos testes laboratoriais complementares ao diagnóstico da hanseníase, como o teste rápido, que será inserido no Sistema Único de Saúde (SES).
Segundo a pasta, o Brasil será o primeiro país do mundo a ofertar em nível assistencial, de forma universal e no sistema público de saúde, um teste rápido para apoiar o diagnóstico, que ainda é essencialmente clínico, baseado na avaliação minuciosa do paciente, especialmente de pele e nervos periféricos.
A incorporação do teste vem após o aval dado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) neste mês.
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