SEM AUMENTO DE PASSAGEM

Após 12 dias de paralisação, chega ao fim a greve dos rodoviários da Grande São Luís

Com isso, os trabalhadores voltam ao trabalho ainda nesta segunda, em horário ainda não divulgado pelo SET.
Por: IMIRANTE
Data de publicação: 01/11/2021 12h44

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Chega ao fim a greve dos rodoviários na Grande São Luís, após 12 dias de paralisação. O anúncio foi feito no fim da manhã desta segunda-feira (1º), pelo prefeito de São Luís, Eduardo Braide. Segundo o prefeito, o Sindicato das Empresas de Transporte (SET) e o Sindicato dos Rodoviários aceitaram a proposta feita pela gestão municipal da capital, sem haver aumento da tarifa. Com isso, os trabalhadores voltam ao trabalho ainda nesta segunda, em horário ainda não divulgado pelo SET.

A reunião que definiu o fim da greve teve início às 10h desta segunda, na sede do Executivo Municipal, Palácio La Ravardière, exatamente uma semana depois de os mesmos personagens terem se reunido a primeira vez para tentar um acordo, sem sucesso.

Durante o encontro ficou definido que os trabalhadores receberão:

- Reajuste salarial de 5%

- Percentual de 6% no tíquete alimentação, que corresponde a R$ 620.

- Não haverá descontos nos doze dias de paralisação nos salários dos trabalhadores rodoviários

- As empresas que estão com meses de salários atrasados, terão o prazo de pagamento até quarta-feira (3).

O prefeito da capital já havia anunciado na sexta-feira (29) ter formalizado um auxílio emergencial ao sistema de transporte rodoviário da capital. Apesar disso, os empresários sustentavam a impossibilidade de arcar com o reajuste salarial e os benefícios exigidos pelos rodoviários.

O prefeito também anunciou na semana passada a criação do Cartão Cidadão, que deve beneficiar o trabalhador que perdeu emprego em decorrência da pandemia da Covid-19.

Não há, contudo, dados sobre o aporte financeiro que seria destinado às empresas e os critérios estabelecidos para que o cidadão desempregado tenha direito e acesso ao benefício.

Braide estava sendo pressionado por oposicionistas e pelos empresários para o reajuste da tarifa de ônibus na capital. Ele, contudo, declarou em pelo menos duas oportunidades que não haveria aumento de passagem em 2021, justamente por causa da grave crise financeira que abala o cidadão, em decorrência da pandemia da Covid-19.

Doze dias sem ônibus

Por 12 dias, a população da Região Metropolitana de São Luís, que abrange a capital, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, ficou sem ônibus do transporte público. A greve dos rodoviários teve início no último dia 21 de outubro, com 100% de paralisação. Os trabalhadores cruzaram os braços para exigir da classe patronal os seguintes benefícios:

- 13% de reajuste salarial;

- jornada de trabalho de seis horas

- tíquete de alimentação no valor de R$ 800;

- manutenção do plano de saúde e a inclusão de um dependente;

- a concessão do auxílio-creche, para trabalhadores com filhos pequenos.

Sem nenhum tipo de acordo que atendesse aos pedidos da categoria, cerca de 700 mil usuários do sistema de transporte público foram prejudicados e procuraram outras alternativas para se locomoverem nos quatro municípios da Região Metropolitana.

Os condutores que operam com carrinhos-lotação, vans e mototáxi, além do transporte por aplicativo, estavam lucrando com as viagens, em razão da maior procura.

Muitos trabalhadores que tinham a passagem de ônibus garantida no cartão, precisaram pagar em dinheiro o transporte para ir e voltar do serviço.

Em meio à crise no sistema de transporte público, o prefeito de São Luís, Eduardo Braide, anunciou nesse sábado (30) a substituição no comando da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT). Cláudio Ribeiro saiu da pasta, e Diego Baluz assumiu a secretaria. O prefeito, no entanto, não justificou a mudança.





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