EX-PRESIDENTE EM SÃO LUÍS

"Se for necessário tomar vacina na testa, eu vou tomar vacina na testa, porque o que eu quero é derrotar esse vírus", diz Lula durante visita ao Maranhão

Lula afirmou, ainda, que confia na ciência e que, mesmo tendo tomado as duas doses da vacina, tomaria mais doses, se fossem necessárias.
Por: O IMPARCIAL
Data de publicação: 19/08/2021 14h26

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Ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) visita as obras do Hospital da Ilha, na avenida São Luís Rei de França. (Foto: Marcos Caldas/O Imparcial)

Na manhã desta quinta-feira (19), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve ao lado do governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), em um evento realizado para o início da segunda dose da vacina contra a Covid-19 para profissionais da construção civil nas obras do Hospital da Ilha, na avenida São Luís Rei de França, no bairro do Turu, em São Luís.

Na ocasião também estavam presentes a deputada federal e presidenta do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, do vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão, do secretário de Saúde do Estado, Carlos Lula, do deputado federal Rubens Júnior (PCdoB), do senador Weverton Rocha (PDT), além de outros políticos, profissionais da saúde e militantes

Durante a cerimônia, os três primeiros profissionais da construção civil tomaram a segunda dose da vacina contra a Covid-19. Logo após, o ex-presidente Lula fez um discurso, onde parabenizou Dino e criticou a falta de responsabilidade do Governo Federal com a pandemia do novo coronavírus.

“A cena que nós vimos aqui, hoje, de três trabalhadores, dois homens e uma mulher, tomando vacina, é uma coisa que se tivesse sido feita com responsabilidade, certamente a gente teria hoje, no Brasil, menos da metade das mortes que nós tivemos de quase 600 mil pessoas”, iniciou Lula.

“Graças a Deus, a gente teve um consórcio de governadores do nordeste brasileiro que resolveram brigar. Brigar com o governo central que cometeu o erro clássico de não acreditar nas coisas. Ele não acreditou na ciência, desrespeitou todos os princípios básicos de um chefe de Estado. Ele poderia ter ouvido os cientistas brasileiros, ter ouvido os médicos brasileiros, ter ouvidos os pesquisadores brasileiros, ter ouvido os governadores brasileiros, ter ouvido os secretários de Saúde de cada Estado, criado um protocolo, comprado as vacinas no tempo correto e, certamente, a gente não estaria chorando hoje quase 600 mil mortes no Brasil”, expressou o ex-presidente.

Ainda durante o discurso, Lula falou sobre a situação mundial do novo coronavírus, alertando sobre o aumento de casos e de mortes no mundo, em decorrência das variantes do vírus.

“Você viram os Estados Unidos. Ontem, o Estados Unidos ultrapassou outra vez 1.000 mortos por dia. Eles pensavam que tinha acabado, e esse vírus é uma desgraça, porque ele muda toda hora. ‘Cê’ pensa que ‘tá’ jogando contra o Sampaio Corrêa, ‘tá’ jogando contra o Flamengo. Ele muda de cor, ele muda de tamanho, eu não sei se ele muda de sexo, mas ele muda e ele vai atacando as pessoas”, alertou o ex-presidente.

Lula afirmou, ainda, que confia na ciência e que, mesmo tendo tomado as duas doses da vacina, tomaria mais doses, se fossem necessárias.

“Eu já tomei as duas vacinas, pode ficar certo que se anunciarem que tem que tomar a terceira, eu vou tomar a terceira. Se anunciarem que tem que tomar a quarta, eu vou tomar a quarta. Eu vou dizer ‘pra’ vocês, eu acredito tanto na ciência que, se for necessário tomar vacina na testa, eu vou tomar vacina na testa, porque o que eu quero é derrotar esse vírus que ‘tá’ matando muita gente no Brasil, e nós precisamos ter responsabilidade”, afirmou Lula.

Após o discurso, o ex-presidente e todos os que o acompanhavam fizeram visitaram as obras do Hospital da Ilha. Não houve coletiva de imprensa no local e o petista não atendeu ao público.

Visita ao Estado

O ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, desembarcou no fim da tarde dessa quarta-feira (18), e permanece até sexta (20), em São Luís, onde está cumprindo uma agenda, na qual vai estabelecer diversos encontros políticos, cujo o objetivo principal será fortalecer a sua candidatura para retornar ao do Palácio do Planalto em 2022.





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