OPERAÇÃO VERNISSAGE

Sistema Difusora é alvo de operação da Polícia Federal

Um dos alvos da ação é Márcio Lobão, filho do ex-senador Edison Lobão. A PF também está em um dos endereços do empresário no Rio de Janeiro.
Por: PORTAL JG COM G1PR
Data de publicação: 12/01/2021 08h31

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Agentes da Polícia Federal estão realizando, na manhã desta terça-feira 12, operação no Sistema Difusora de Comunicação. Também participa a Receita Federal. A ostensiva é batizada de Operação Vernissage.

Sede do Sistema Difusora em São Luís

Embora a concessão pública pertença ao ex-senador Edison Lobão Filho (MDB), desde as eleições de 2016, o sistema é controlado pelo senador Weverton Rocha (PDT).

Os mandados são cumpridos nos endereços de Márcio Lobão e Edison Lobão Filho, filhos do ex-ministro Edison Lobão. O pai dos investigados não é alvo da operação desta terça-feira.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), as ordens judiciais visam apreender mais de 100 obras de arte dos investigados.

No total, cerca de 70 policiais federais e 10 auditores da Receita Federal cumprem 11 mandados de Busca e Apreensão em Brasília/DF (2), São Luis do Maranhão/MA (3), Angra dos Reis (1), Rio de Janeiro (3) e em São Paulo (2).

Os mandados judiciais foram expedidos pela 13ª Vara Federal em Curitiba/PR.

Investigações

As investigações apuram fraudes em licitações por meio de pagamento de propina a executivos da Transpetro.

Os crimes investigados aconteceram entre 2008 e 2014, segundo a PF, com pagamento de R$ 12 milhões em propinas.

As investigações apontam que a propina era paga em espécie, e a lavagem do dinheiro acontecia por meio da compra de obras de arte e imóveis.

A operação desta terça-feira é um desdobramento da 65ª fase da Lava Jato, deflagrada em setembro de 2019.

Uma das transações investigadas foi a compra de um apartamento de alto padrão em 2007 por R$ 1 milhão e vendido menos de dois anos depois por R$ 3 milhões, em uma valorização que, de acordo com a PF, não correspondia com as condições do mercado financeiro da época.

Na lavagem de dinheiro por meio das obras de arte, segundo as investigações, notas fiscais e recibos eram emitidos à Receita Federal com valores menores do que eram efetivamente praticados. Segundo a PF, a diferença entre o valor pago e o declarado variava de 167% a 529%.

Em uma fase anterior da operação, segundo a PF, já foram encontradas obras de arte na casa de um dos investigados que apresentavam variações significativas entre o preço de aquisição declarado e o valor de mercado, em patamares de até 1.300%.





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