O Maranhão registrou em 2019 quase 100 casos por mês de violência sexual contra crianças. Os dados mais recentes são da Secretaria de Segurança Pública e apontam 321 casos de janeiro a abril deste ano. Em 2018 foram 1.047 casos. Essa realidade pode ser ainda mais assustadora, já que muitos casos não chegam a ser denunciados.
O Centro de Perícias da Criança e do Adolescente em São Luís recebe cerca de 200 casos para analisar por mês, só na região.
“Temos casos aqui que não tinha o vestígio físico, a conjunção carnal, e que, no laudo psicológico, foi possível coletar um relato dela, os sinais, os sintomas da criança ou do adolescente, o que também é considerado uma prova”, declara a psicóloga Simone Rodrigues.
“Há estimativas de organismos internacionais que demonstram que os números que chegam aos organismos oficiais não chegam nem a 10% do que efetivamente acontece. Então é um problema que ainda está ocultado, ainda não temos uma dimensão real do problema e nós precisamos trabalhar em cima disso para que essa cultura de estupros ocorridos dentro das relações familiares pare de acontecer como está”, declara a delegada especial da Mulher, Kazumi Tanaka.
De acordo com pesquisadores e especialistas, as consequências do abuso sexual devastam vidas e famílias.
“O abuso sexual traz consequências que podem se manifestar durante o tempo do abuso, mas geralmente essas consequências perduram. Para a família, existe um pacto de segredo estabelecido que seja extremamente danosos, não só para a pessoa que é vítima, como, por exemplo, para os outros membros da família”, afirma a psicóloga Sandra Ory.
Outra característica comum entre casos de abuso contra menores está na relação de confiança e proximidade entre vítima e abusador.
“Os agressores se prevalecem da situação da relação de confiança que existe com a vítima e, por isso, os números indicam que 90% das agressões e abusos sexuais cometidos contra crianças e adolescentes são praticados por pessoas próximas ou do ciclo familiar dessa vítima. A gente tem pai, padrasto, avô, avó, tios, irmãos, amigos íntimos, vizinhos… que se prevalecem da relação de confiança e o silêncio”, explica a delegada da Criança e do Adolescente, Ana Zélia Gomes.
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