SÃO LUÍS

Capital maranhense é a 5ª do Brasil com maior percentual de habitação em aglomerados

Os dados foram divulgados, nesta terça-feira (19), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Por: PORTAL JG COM G1 MA
Data de publicação: 20/05/2020 05h56

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São Luís é a quinta capital brasileira com o maior percentual de domicílios em aglomerados subnormais, também conhecidos como favela, invasão, baixada, comunidade, palafita, loteamento, entre outros.

Esses locais são classificados como ocupações irregulares de terrenos públicos ou privados em áreas urbanas e, em geral, têm um padrão urbanístico irregular, além de haver carência de serviços públicos essenciais e serem localizados em áreas que apresentam restrições de ocupação.

Os dados foram divulgados, nesta terça-feira (19), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento foi feito em para coletar informações de saúde para o enfrentamento à Covid-19.

Segundo o IBGE, a pesquisa apresenta o mapeamento e a estimativa de domicílios instalados nos aglomerados, bem como as distâncias entre as comunidades e unidades de saúde.

As informações coletadas vão compor o próximo Censo Demográfico, adiado para 2021 devido à pandemia. Os dados foram cruzadas com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, do Ministério da Saúde.

A divulgação do mapeamento dos aglomerados subnormais é preliminar e foi antecipada para fornecer à sociedade informações para o enfrentamento da pandemia. Os resultados definitivos serão disponibilizados no Censo Demográfico 2021.

Dificuldades de isolamento social

De acordo com o IBGE, as populações que vivem em aglomerados sofrem com problemas socioeconômicos, como falta de saneamento e moradias precárias. Por terem grande acúmulo de pessoas, nos aglomerados há dificuldade em fazer o isolamento social, o que pode facilitar a disseminação da Covid-19.

De acordo com a estimativa do IBGE, em 2019, no Brasil havia 5.127.747 milhões de domicílios ocupados em 13.151 mil aglomerados subnormais. Essas comunidades estavam localizadas em 734 municípios, em todos os estados do país, incluindo o Distrito Federal.

Entre os estados brasileiros, o Maranhão possuía, em 2019, a 10ª maior proporção (7,85%) de domicílios em aglomerados subnormais, totalizando 144.625 domicílios do estado. O estado do Amazonas (34,59%) tinha a maior proporção do país, enquanto o estado com a menor proporção era o Mato Grosso do Sul (0,74%).

Já entre as capitais brasileiras, o levantamento mostrou que São Luís apresentava a 5ª maior proporção de domicílios em aglomerados – 32,42% das habitações da cidade, estando atrás de Belém (55,49%), Manaus (53,38%), Salvador (41,83%) e Vitória (33,16%).

Aglomerados no Maranhão

Ainda de acordo com o IBGE, os aglomerados subnormais estão presentes em 18 municípios do Maranhão, que corresponde a 8,3% dos municípios do estado.

São Luís registrou a maior quantidade de aglomerados subnormais do estado (95), seguida pelo município de São José de Ribamar (39) e pelo município de Paço do Lumiar (32), todos na Região Metropolitana.

Quanto ao percentual de habitações localizadas em aglomerados em relação ao total de domicílios do município, a cidade de Raposa (na Grande Ilha) teve a maior proporção - 37,35% dos domicílios (2.636 domicílios) encontravam-se em aglomerados.

São Luís apresentou o segundo maior percentual (32,42%, totalizando 101.030 domicílios) e São José de Ribamar o terceiro (32,25%, totalizando 22.544 domicílios).

Está situado no Maranhão um dos aglomerados subnormais com maior número de domicílios do Brasil. Trata-se do bairro do Coroadinho, na capital maranhense, que tinha, em 2019, 14.243 domicílios. A Rocinha, no Rio de Janeiro, é o maior aglomerado subnormal do país, com 25.742 habitações em aglomerados subnormais.





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