Acontece neste sábado, 08 de dezembro, na comunidade negra quilombola do Povoado Piqui da Rampa, o 24º Festival da Farinha, considerado um dos maiores eventos da região do Itapecuru, contando com um público estimado em 15mil pessoas. A festa é uma homenagem a Santa Luzia, padroeira da comunidade.
Programação
Toda a comunidade participa diretamente da organização desse evento, sendo os moradores divididos em equipes de trabalho: alimentação, recepção, limpeza, vendas e apoio logístico, que eles chamam de pátio. Todo ano são vendidas em torno de 800 grades de cerveja.
“Recebemos gente de todo o estado. Já chegaram caravanas vindas de ônibus de várias localidades, inclusive de São Luís, para animarem nossa festa, que é tranquila e animada. Nunca tivemos nenhuma confusão”, ressaltou Sebastião dos Santos, 53 anos, conhecido por Jazir, um dos coordenadores do evento.
Origem da Associação Piqui da Rampa
Na década de 90, incentivados e apoiados pela Paróquia de São Sebastião, de Vargem Grande, os moradores da comunidade Piqui da Rampa decidem se organizar e fundam a Associação Comunitária de Piqui da Rampa que, hoje, congrega em torno de 40 famílias.
Os povoados Piqui da Rampa, Rampa e São Joaquim da Rampa ocupam uma área de 6.418 hectares, que forma o território quilombola chamado de Rampa ainda que espera a demarcação e titulação pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), cujo processo já se arrasta por muito tempo.
Comunidade Piqui da Rammpa
O acesso à comunidade se dar por uma estrada de piçarra e estreita, ladeada de capoeiras, árvores frutíferas e moradas de outras comunidades, na sua maioria de taipa e cobertas de telha.
O povoado Piqui da Rampa destaca-se pela exuberância de suas belezas naturais como, por exemplo, as mangueiras frondosas e os vários juçarais que circundam suas casas, todas construídas de tijolos e cobertas de telha.
Conta com energia elétrica monofásica, uma pequena igreja construída pelos próprios moradores, um poço artesiano com rede de distribuição, duas escolas (uma do Município e outra do Estado), um grande salão comunitário e um galpão onde são armazenados os equipamentos de uso coletivo e uma casa de farinha.
As famílias são todas negras, vivem da agricultura e da pesca e tem uma médeia de quatro filhos. A maioria é beneficiária do Programa Bolsa Família (PBF), do Governo Federal. Uma quota do Fundo Comunitário, que é formado pelo apurado das atividades da Associação Comunitária e rateado entre eles, complementa com a maior parte a renda das famílias.
A tradição do trabalho coletivo é mantida pela comunidade e ensinada às novas gerações. A relação de parentesco é uma marca da comunidade. A maioria das famílias se diz católica e devota de Santa Luzia. Apresenta como manifestação cultural mais forte o tambor de crioula, que se apresenta nas datas festivas como o Festival da Farinha, o Dia da Consciência Negra, Dia de Finados, Festas Juninas e no Festejo de São Bartolomeu (De 15 a 24 de agosto).
Os pequizeiros, antigamente encontrados em grande quantidade ao ponto de determinarem o nome da comunidade, hoje são poucos devido ao desmatamento indiscriminado que ocorreu na região.
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